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Defesas de pesquisas do NUSEC

12/11/2018 22:19

No dia 14 de setembro de 2018, na sala de reuniões do Programa de Pós-graduação em Sociologia Política da UFSC, foi realizada a defesa da tese de doutorado da pesquisadora Bárbara Michele Amorim  (segunda da esquerda para a direita na foto) sob título: Novo corpo, nova vida: o mercado de cirurgia bariátrica em perspectiva sociológica.


A banca examinadora foi composta por:

Profª. Dra. Márcia da Silva Mazon – Orientadora (primeira à esquerda na foto)
Profª. Dra. Elaine da Silveira Leite – UFPel (via Skype)
ProfA. Dra. Sandra Noemi Cucurullo De Caponi – PPGSP/UFSC (segunda da direita para esquerda)
Prof. Dr. Rodrigo Otávio Moretti-Pires – PPGE/UFSC (membro) (primeiro à direita)
Prof. Dr. Eduardo Vilar Bonaldi – PPGSP/UFSC (suplente)
Prof. Dr. Antonio Alberto Brunetta – PPGE/UFSC (suplente)

Resumo da pesquisa:
Ao abordar o campo das cirurgias bariátricas como a emergência de um novo mercado na área da saúde, mobilizamos as análises da Nova Sociologia Econômica para refletir sobre a criação desse mercado. Tanto na abordagem da Nova Economia Institucional como na da racionalização da saúde com sua noção de risco, os indivíduos agiriam apenas de forma racional diante da obesidade e fariam a cirurgia como forma de diminuir os mesmos. Porém, de acordo com Bourdieu e Fligstein a nova sociologia econômica constrói a análise do campo econômico a partir dos aspectos históricos, culturais e políticos. O recorte eleito para nossa análise é: de que maneira médicos, profissionais da saúde e seus discursos contribuem para construir e legitimar a cirurgia bariátrica como procedimento cirúrgico possível e necessário.

Partindo da hipótese de que o cirurgião é mais importante no momento da produção discurso (veiculação de informações em blogs, sites e facebook) que antecede a cirurgia do que no momento da prática no campo, pretendemos – inspirados em Bittencourt et al (2013) – compreender como a cirurgia bariátrica é legitimada pelos diversos atores (cirurgiões, endócrinos, psicólogos, nutricionistas e pacientes) e analisar os sentidos e riscos negociados entre saúde e doença.

No dia 9 de setembro de 2018, na sala de reuniões do Programa de Pós-graduação em Sociologia Política, foi realizada a defesa da dissertação de mestrado da pesquisadora Natália Fonseca de Abreu Rangel (segunda da esquerda para a direita na foto) sob título de: O ativismo gordo em campo: política, identidade e construção de significados.

A banca examinadora foi composta por:

Profª. Drª. Marcia da Silva Mazon (PPGSP/UFSC) – Orientadora (segunda da direita para a esquerda na foto)
Profª. Drª. Sandra Noemi Cucurullo de Caponi (PPGSP/UFSC) (primeira à esquerda)
Prof. Dr. Rodrigo Otávio Moretti Pires (PPGE/UFSC) (primeiro à direita)
Prof. Dr. Tiago Daher Padovezzi Borges (PPGSP/UFSC) – suplente

Resumo da pesquisa:
A presente investigação tem como objetivo a análise e descrição de maneiras pelas quais o ativismo gordo se legitima no Brasil abrangendo a construção de significados, organização e estratégias de ativistas gordos/as. Para tal são estudados aspectos sociais norteadores para a discussão sobre a construção da gordofobia na sociedade, tais quais: as mudanças na alimentação e no trabalho na sociedade contemporânea e neoliberal; a patologização da pessoa gorda e as controvérsias do discurso médico sobre obesidade; e o ativismo gordo. Também se analisa como agentes ativistas gordas/os se organizam em relação aos campos econômico e midiático estabelecendo relações de afeto, embate e disputa de significados. São recursos metodológicos neste trabalho a netnografia, entrevistas presenciais individuais semi-estruturadas, pesquisa de campo, grupos focais, análise de discurso e análise de conteúdo. Para realizar as análises propostas foram utilizados como referenciais teóricos principalmente os autores Pierre Bourdieu a partir dos conceitos de campo e habitus, Howard S. Becker a partir de conceitos e categorias da teoria sobre estabelecidos e outsiders, construção social do ponto de vista de Deborah Lupton e Viviana Zelizer à luz dos conceitos de esferas hostis e vidas conexas. Foi possível concluir que os conceitos construídos por ativistas gordas/os são estabelecidos por meio de disputa de significados dentro desse grupo de outsiders sem inclinação política homogênea, e fora deste grupo disputando significados em relação a conceitos legitimados pelo discurso médico e no imaginário popular que fazem parte da estigmatização do corpo gordo. Há incorporação do uso de categorias nativas do ativismo gordo por parte da mídia e do mercado. Nota-se a influência de outros ativismos relacionados à multiplicidade identitária como LGBTQ+, feminismos e movimento negro nas pautas do ativismo gordo. A partir da relação com diversos campos, são estabelecidas práticas e traçadas estratégias de resistência e/ou adequação por parte de ativistas gordas/os.

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