Núcleo de Sociologia Econômica
  • IV Congreso Latinoamericano de Teoría Social

    Publicado em 13/03/2023 às 12:33

    Entre os dias 7 e 9 de março de 2023, o NUSEC participou da coordenação e apresentação de trabalho no IV Congreso Latinoamericano de Teoría Social.

    A professora Marcia da Silva Mazon participou da coordenação da Mesa 68 – Ciencias sociales, fármacos y diagnósticos. Teorías, investigaciones y saberes en la conjunción de lo local y lo global en América Latina, junto com Eugenia Bianchi (Grupo de Estudios Sociales sobre Fármacos y Diagnósticos, Instituto de Investigaciones Gino Germani/Universidad de Buenos Aires – Consejo de Investigaciones Científicas y Técnicas), Pilar Bacci (Universidad de la República), Esteban Grippaldi (Universidad Nacional del Litoral/Consejo de Investigaciones Científicas y Técnicas/Grupo de Estudios Sociales sobre Fármacos y Diagnósticos, Instituto de Investigaciones Gino Germani) e Gabriela Silvina Bru (Universidad Nacional de Mar del Plata/ Consejo de Investigaciones Científicas y Técnicas).

    Já a colega Barbara Michele Amorim apresentou o trabalho intitulado “Violencia simbólica, sufrimiento psíquico y uso de psicofármacos entre estudiantes universitarias de Brasil”.

    Para acessar às garavações da mesa, Clique aqui


  • Roda de Conversa com PAULO NIEDERLE: Dilemas da pós-graduação em Ciências Sociais

    Publicado em 24/02/2023 às 15:35

    💬O Núcleo de Sociologia Econômica/UFSC convida para a roda de conversa “Dilemas da pós-graduação em Ciências Sociais, com Paulo Niederle, Coordenador da Área de Sociologia da CAPES (2022-2025) e Professor dos Programas de Pós-Graduação em Sociologia (PPGS) e Desenvolvimento Rural (PGDR) da UFRGS.

    Essa é uma oportunidade para nos apropriamos dos desafios da área para os próximos anos, direcionando e somando esforços para a manutenção e melhoria das nossas pesquisas, publicações e iniciativas acadêmicas como um todo.

    📆A conversa será realizada no Auditório do Anexo E – CFH, na segunda-feira (27/02) às 13:30.
    ✅Participantes receberão certificação de 2 horas.


  • RETROSPECTIVA 2022

    Publicado em 12/01/2023 às 16:07

    2023 chegou e nós, do NUSEC, estamos na expectativa de novos desafios acadêmicos.

    Enquanto o ano letivo não se inicia, deixamos registradas aqui nossas produções e participações em eventos e defesas.

     

    PARTICIPAÇÕES EM EVENTOS:

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

    PUBLICAÇÕES:

    AMORIM, Barbara. Constelação NIGS – tecendo o infográfico da rede. In. GROSSI, Miriam Pillar; SILVA, Simone Lira; COSTA, Patrícia Rosalba Moura (Org.). Tecendo redes em Antropologia feminista e estudos de gênero: 30 anos do NIGS UFSC. 1. ed. – Florianópolis (SC) :  Tribo da Ilha, 2022. p. 219-226. Disponível aqui

    CAPONI, S.; MAZON, M.; AMORIM, B. M. Entrevista com Alejandra Barcala. Estudos de Sociologia, Araraquara, v. 27, n. esp.2, p. e022026, 2022. DOI: 10.52780/res.v27iesp.2.17167. Disponível aqui

    Mazon, Marcia da Silva. Porque a indústria farmacêutica é diferente das outras? Saúde mental, ciência e psicotrópicos em questão. In Saberes expertos e medicalização no domínio da infância /São Paulo : LiberArs, 2021. 345 p.

    Mazon, Marcia da Silva. Psicotrópicos e estilo terapêutico: questões da emnte e do mercado na era do capitalismo afetivo. In: Myriam Mitjavilla. (Org.). A medicalização do espaço social: objetos discursivos e tecnologias políticas na América Latina do século XX. 1ed.São Paulo: LiberArs, 2022, v. 1, p. 1-216. Disponível aqui

    Mazon, Marcia da Silva. Consumo de psicotrópicos e estilo terapêutico: Os limites do uso racional de medicamentos.. ESTUDOS DE SOCIOLOGIA, v. 27, p. 1, 2022. Disponível aqui

    SILVA, L. ; Mazon, Marcia da Silva . Americanização das trajetórias e a renegociação da dívida externa:notas sobre o início do governo Sarney. AGENDA POLÍTICA, v. 10, p. 38-64, 2022. Disponível aqui

    DAUFEMBACK, VALDETE ; APARECIDO GONÇALVES, ISRAEL ; PRADO ATASSIO, ALINE . TEACHING CHALLENGES IN PANDEMIC TIMES. Revista Gênero e Interdisciplinaridade, v. 3, p. 384-412, 2022. Disponível aqui

    GONÇALVES, Israel A.; LIMA, M. A. S. (Org.) . Educação em tempos de pandemia – Volume 2. 1. ed. João Pessoa: Periodicojs editora, 2022. v. 2. 152p . Disponível aqui

    GONÇALVES, Israel A.. O Novo Ensino Médio: Ensaios para uma educação emancipadora. 1. ed. João Pessoa: Periodicojs, 2022.

    MENDONCA, G. F. S. ; LIMA, M. A. S. ; GONÇALVES, Israel A. . IMPACTOS EDUCACIONAIS NA VIDA DOS ESTUDANTES ESPECIAIS DO ENSINO SUPERIOR EM TEMPOS DE PANDEMIA: O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE. In: Israel Aparecido Gonçalves; Maria Aldenora dos Santos. (Org.). Educação em tempos de pandemia vol. 02. 1ed.João Pessoa: Periodicojs editora, 2022, v. 2, p. 96-105.

    HORA, A. M. ; GONÇALVES, Israel A. . IMPACTO DA PANDEMIA NA VIDA DOS TRABALHADORES NA AGRICULTORA FAMILIAR: UMA ANÁLISE DO GOVERNO BOLSONARO. In: Patrícia Cristina de Aragão e Alcione Ferreira da Silva.. (Org.). Territórios de saberes: resistências que educam e transformam.. 1ed.São Paulo:: Mentes Aberta, 2022, v. 1, p. 271-292.

    GONÇALVES, Israel A.; HORA, A. M. . IMPACTO DA PANDEMIA NA VIDA DOS TRABALHADORES NA AGRICULTORA FAMILIAR: UMA ANÁLISE DO GOVERNO BOLSONARO. In: Patrícia Cristina de Aragão e Alcione Ferreira da Silva.. (Org.). Territórios de saberes: resistências que educam e transformam.. 1ed.São Paulo: Mentes Abertas, 2022, v. 1, p. 271-292.

     

    DEFESAS:


  • Bem-vindo 2022!

    Publicado em 30/01/2022 às 17:17

    Por causa do quadro de lotação das unidades de saúde das principais regiões do Estado, a UFSC decidiu cancelar a fase semipresencial do seu plano de retomada do ensino presencial, que aconteceria em Janeiro.
    Em Abril, retornaremos às aulas presenciais, seguindo sempre os protocolos de segurança.


  • NUSEC na 20ª SBS

    Publicado em 24/08/2021 às 14:32

    Este ano a professora Márcia Mazon participou do Fórum Emoções e Sociologia Econômica,
    dia 16/07/2021, juntamente com as professoras Elaine Leite (UFPel) e Thais Joi (UFRB). A mesa foi coordenada pela professora Maria Chaves Jardim (UNESP).


  • Live “Nós e os outros” com participação do NUSEC

    Publicado em 30/09/2020 às 13:56

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

    Convidamos todas/os/es para assistir a live “Nós e os outros: porque a espécie humana nunca viveu sozinha” no dia 08/10 às 14h (Brasília) e 13h (Cuiabá). A live será transmitida na página www.facebook.com/eccoppgufmt 
    O NUSEC será representado pela professora coordenadora no núcleo Marcia Mazon.
    Organização de Teresinha Prado e Juliana Abonizio (PPG-ECCO/UFMT).


  • Programa de cursos de extensão: Economia Criativa e modelos de autogestão

    Publicado em 02/07/2020 às 15:36

    O NUSEC vem por meio desta postagem informar que fomos contemplados pelo Edital Nº 2/2020 da PROEX, que possibilita o acontecimento de 12 cursos de extensão por parte do núcleo dentro do Programa de Economia Criativa e modelos de autogestão, começando esta semana, dia 30/06. Os cursos são oferecidos gratuitamente pela UFSC na plataforma Moodle grupos (https://grupos.moodle.ufsc.br/). As inscrições do primeiro curso estão disponíveis em: http://inscricoes.ufsc.br/curso-01-economiascriativas

    Entenda mais sobre a proposta:
    O “Núcleo de Economia Criativa e modelos de autogestão” é um programa de extensão que objetiva criar na internet plataformas e redes de economia criativas e de autogestão. Destaca-se a clara a situação de vulnerabilidade em que muitos dos microempreendedores(as) do país se encontram por causa da pandemia da COVID-19. Este curso busca efetivar diretrizes dos ministério da Economia e da Secretaria Especial da Cultura ao promover redes entre os (as) trabalhadores(as) e comunidades em situação de vulnerabilidade ou que busquem aprimorar sua gestão administrativa tornando-as fortes e solidárias, fomentando a autogestão, o uso de plataformas digitais, a economia criativa e a consolidação de iniciativas sustentáveis que proporcionem alternativas concretas de produção. Além disso, o Núcleo promove a formação de professores e da comunidade na criação de modelos de autogestão, indicando o compromisso da Universidade Pública na geração de conhecimento e desenvolvimento sustentável para a sociedade pós-quarentena da COVID-19.

    Objetivos:
    1. Analisar a história da economia criativa
    2. Criar na internet plataformas e redes de implementação e fóruns de economia criativas
    3. Estudar a história da economia solidária e da autogestão
    4. Indicar modelos de gestão empresarial e social a micro empreendedores, comunidades que vivem de produtos artesanais e a alunos.

    *Estratégias Didáticas:As estratégias terão aulas gravadas, por webconferência e chats (sala de batepapo), como atividades síncronas e recebimento de e-mails como atividades assíncronas. Envio de apostilas e indicação de documentários sobre os temas propostos.Todos os cursos terão 50 vagas para a comunidade interna e externa à UFSC.

    Resultados esperados:
    1. Criar e mapear as redes de empreendimentos pautados pela economia criativa, via digital
    2. Criar um fórum digital permanente de economia criativa
    3. Criar uma página na web com as iniciativas de economia criativa criadas ou conhecidas pelos alunos e professores do curso de extensão
    4. Gerar alternativas de empregabilidade para pessoas que perderam seus empregos na pandemia da Covid-19 5. Estimular e formar educadores entre outros profissionais na economia criativa e de autogestão
    5. Efetivar práticas de desenvolvimento sustentável, emprego e renda com uso das plataformas digitais.

    Conheça os 12 cursos:


  • Ações Básicas no Moodle

    Publicado em 21/06/2020 às 23:17

    O primeiro curso do “Núcleo de Produção de Conteúdos Digitais: Economia criativa e modelos de autogestão” terá como tema as “Ações Básicas no Moodle” com o seguinte programa:

    Ambientação com a plataforma Moodle; Ferramentas e configurações; Envio de mensagens; Inserção de participantes; Recursos e atividades; Agrupamento de turmas; Acesso de visitantes; Frequência; Criação de avaliações diversas com ou sem atribuição de notas.

    Inscrições de 21 de junho a 28 de junho

    Período: 29 de junho a 5 de julho
    Carga horária: 8 horas
    Ministrantes: Profª Dra. Marcia da Silva Mazon
    Israel Aparecido Gonçalves (Doutorando)
    Natália F. A. Rangel (Mestra)

    Inscriçõeshttp://inscricoes.ufsc.br/curso-01-economiascriativas

    O Núcleo de Economias criativas e modelos de autogestão é um programa de extensão que objetiva criar na internet plataformas e redes de economia criativas e de autogestão. Destaca-se a clara a situação de vulnerabilidade em que muitos dos microempreendedores(as) do país se encontram por causa da pandemia da COVID-19. Este curso busca efetivar diretrizes dos ministério da Economia e da Secretaria Especial da Cultura ao promover redes entre os (as) trabalhadores(as) e comunidades em situação de vulnerabilidade ou que busquem aprimorar sua gestão administrativa tornando-as fortes e solidárias, fomentando a autogestão, o uso de plataformas digitais, a economia criativa e a consolidação de iniciativas sustentáveis que proporcionem alternativas concretas de produção. Além disso, o Núcleo promove a formação de professores e da comunidade na criação de modelos de autogestão, indicando o compromisso da Universidade Pública na geração de conhecimento e desenvolvimento sustentável para a sociedade pós-quarentena da COVID-19.

    Objetivos:

    1. Analisar a história da economia criativa
    2. Criar na internet plataformas e redes de implementação e fóruns de economia criativas
    3. Estudar a história da economia solidária e da autogestão
    4. Indicar modelos de gestão empresarial e social a microempreendedores, comunidades que vivem de produtos artesanais e a alunos.

    Estratégias Didáticas:
    As estratégias terão aulas gravadas, por webconferência e chats (sala de bate-papo), como atividades síncronas e recebimento de e-mails como atividades assíncronas. Envio de apostilas e indicação de documentários sobre os temas propostos.Todos os cursos terão 30 vagas para a comunidade interna e externa à UFSC.


  • Participação do NUSEC na ANPOCS 2018

    Publicado em 12/11/2018 às 22:27

    O Núcleo de Sociologia Econômica da UFSC esteve presente, por meio da professora coordenadora do núcleo, Marcia da Silva Mazon, no 42º encontro da ANPOCS, que ocorreu entre os dias 22 e 26 de outubro na cidade de Caxambú.

    Fórum na ANPOCS – Caxambú- MG: Fórum 3 – Novas perspectivas da Sociologia Econômica.Sala 22 – Hotel Palace – 25/10/2018 –  Sessão 3- Sociologia Econômica Brasileira: avanços, limites e a construção de novos horizontes. Coordenação: Maria Aparecida Chaves Jardim (UNESP).

    O objetivo do Fórum foi propor uma reflexão sobre os avanços, limites e novos horizontes da sociologia econômica no Brasil. As apresentações se basearam em análises e experiências empíricas oriundas de diferentes contextos de pesquisa, nas quais os participantes compartilham do mesmo diagnóstico: vigorosa há quase 20 anos e com uma produção densa e interdisciplinar, a sociologia econômica brasileira tornou-se uma referência nos debates sociológicos contemporâneos. Contudo, para manter seu poder analítico, torna-se necessário identificar seus avanços, limites e novas agendas. A primeira exposição, de André Vereta-Nahoum (USP), refletiu sobre a participação de diferentes campos do conhecimento no desenho de mercados e instituições econômicas para propor um novo padrão de relacionamento da sociologia com a economia. Em seguida, Márcia Mazon (UFSC) abordou os desafios do mundo rural e novos objetos de pesquisa a partir da lente da Sociologia Econômica. Finalmente, Cristiano Monteiro (UFF) abordou a análise do capitalismo e do neoliberalismo a partir das diferentes apropriações da ideia de embeddedness desde o ressurgimento da Sociologia Econômica na década de 1980 até o contexto atual.


  • Defesas de pesquisas do NUSEC

    Publicado em 12/11/2018 às 22:19

    No dia 14 de setembro de 2018, na sala de reuniões do Programa de Pós-graduação em Sociologia Política da UFSC, foi realizada a defesa da tese de doutorado da pesquisadora Bárbara Michele Amorim  (segunda da esquerda para a direita na foto) sob título: Novo corpo, nova vida: o mercado de cirurgia bariátrica em perspectiva sociológica.


    A banca examinadora foi composta por:

    Profª. Dra. Márcia da Silva Mazon – Orientadora (primeira à esquerda na foto)
    Profª. Dra. Elaine da Silveira Leite – UFPel (via Skype)
    ProfA. Dra. Sandra Noemi Cucurullo De Caponi – PPGSP/UFSC (segunda da direita para esquerda)
    Prof. Dr. Rodrigo Otávio Moretti-Pires – PPGE/UFSC (membro) (primeiro à direita)
    Prof. Dr. Eduardo Vilar Bonaldi – PPGSP/UFSC (suplente)
    Prof. Dr. Antonio Alberto Brunetta – PPGE/UFSC (suplente)

    Resumo da pesquisa:
    Ao abordar o campo das cirurgias bariátricas como a emergência de um novo mercado na área da saúde, mobilizamos as análises da Nova Sociologia Econômica para refletir sobre a criação desse mercado. Tanto na abordagem da Nova Economia Institucional como na da racionalização da saúde com sua noção de risco, os indivíduos agiriam apenas de forma racional diante da obesidade e fariam a cirurgia como forma de diminuir os mesmos. Porém, de acordo com Bourdieu e Fligstein a nova sociologia econômica constrói a análise do campo econômico a partir dos aspectos históricos, culturais e políticos. O recorte eleito para nossa análise é: de que maneira médicos, profissionais da saúde e seus discursos contribuem para construir e legitimar a cirurgia bariátrica como procedimento cirúrgico possível e necessário.

    Partindo da hipótese de que o cirurgião é mais importante no momento da produção discurso (veiculação de informações em blogs, sites e facebook) que antecede a cirurgia do que no momento da prática no campo, pretendemos – inspirados em Bittencourt et al (2013) – compreender como a cirurgia bariátrica é legitimada pelos diversos atores (cirurgiões, endócrinos, psicólogos, nutricionistas e pacientes) e analisar os sentidos e riscos negociados entre saúde e doença.

    No dia 9 de setembro de 2018, na sala de reuniões do Programa de Pós-graduação em Sociologia Política, foi realizada a defesa da dissertação de mestrado da pesquisadora Natália Fonseca de Abreu Rangel (segunda da esquerda para a direita na foto) sob título de: O ativismo gordo em campo: política, identidade e construção de significados.

    A banca examinadora foi composta por:

    Profª. Drª. Marcia da Silva Mazon (PPGSP/UFSC) – Orientadora (segunda da direita para a esquerda na foto)
    Profª. Drª. Sandra Noemi Cucurullo de Caponi (PPGSP/UFSC) (primeira à esquerda)
    Prof. Dr. Rodrigo Otávio Moretti Pires (PPGE/UFSC) (primeiro à direita)
    Prof. Dr. Tiago Daher Padovezzi Borges (PPGSP/UFSC) – suplente

    Resumo da pesquisa:
    A presente investigação tem como objetivo a análise e descrição de maneiras pelas quais o ativismo gordo se legitima no Brasil abrangendo a construção de significados, organização e estratégias de ativistas gordos/as. Para tal são estudados aspectos sociais norteadores para a discussão sobre a construção da gordofobia na sociedade, tais quais: as mudanças na alimentação e no trabalho na sociedade contemporânea e neoliberal; a patologização da pessoa gorda e as controvérsias do discurso médico sobre obesidade; e o ativismo gordo. Também se analisa como agentes ativistas gordas/os se organizam em relação aos campos econômico e midiático estabelecendo relações de afeto, embate e disputa de significados. São recursos metodológicos neste trabalho a netnografia, entrevistas presenciais individuais semi-estruturadas, pesquisa de campo, grupos focais, análise de discurso e análise de conteúdo. Para realizar as análises propostas foram utilizados como referenciais teóricos principalmente os autores Pierre Bourdieu a partir dos conceitos de campo e habitus, Howard S. Becker a partir de conceitos e categorias da teoria sobre estabelecidos e outsiders, construção social do ponto de vista de Deborah Lupton e Viviana Zelizer à luz dos conceitos de esferas hostis e vidas conexas. Foi possível concluir que os conceitos construídos por ativistas gordas/os são estabelecidos por meio de disputa de significados dentro desse grupo de outsiders sem inclinação política homogênea, e fora deste grupo disputando significados em relação a conceitos legitimados pelo discurso médico e no imaginário popular que fazem parte da estigmatização do corpo gordo. Há incorporação do uso de categorias nativas do ativismo gordo por parte da mídia e do mercado. Nota-se a influência de outros ativismos relacionados à multiplicidade identitária como LGBTQ+, feminismos e movimento negro nas pautas do ativismo gordo. A partir da relação com diversos campos, são estabelecidas práticas e traçadas estratégias de resistência e/ou adequação por parte de ativistas gordas/os.